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domingo, 31 de março de 2013

Deus Odeia o Pecado e o Pecador


 
 
 
Continuação da Resenha do Livro: O Verdadeiro Evangelho de Paul Washer

Capitulo 2 - Deus Odeia o Pecado e o Pecador

Eu gostaria de começar este estudo com uma pergunta!

Se eu pegasse um jornal e sentasse ao seu lado, olhando para as notícias com um ar de riso e um brilho nos olhos, e dissesse: “Ei, você leu isto?

"Um pedófilo molestou seis garotos, sem dar a mínima para aquilo", o que você diria sobre mim?

Você diria: “Seu doente! O que há de errado com você?

Você deveria ficar irado ao ler isso!Ah, eu deveria?

{E} Deus?

{Ele} tem {algum} direito de ficar irado?

{Deus} vê a iniquidade deste mundo todos os dias. Todos os dias, Ele vê a imundícia, os assassinatos, os crimes e tudo o mais, e, na sua concepção de Deus, Ele não tem nenhum direito de estar irado?

Eu lhe afirmo que o Senhor está irado, e que Ele está tão irado que, no Dia em que Ele recuar Sua misericórdia e vier julgar este mundo, {muitos vão se arrepender}!

Irmãos, nós precisamos ser alertados!

Todos os homens precisam saber disso!

Deus estende a Sua mão, todos os dias, para pessoas desobedientes e teimosas, mas, ao mesmo tempo, a Sua ira está vindo sobre o mundo! É como se, com uma mão, Deus estivesse retendo Sua Justiça contra este mundo e, com a outra, clamando aos homens que venham ao encontro da salvação. Porém, um dia, as duas mãos serão abaixadas, e você não poderá mais ir a Deus, tampouco a justiça Dele hesitará em cair sobre você. É por isso que uma das maiores necessidades em nosso evangelismo é ensinarmos aos homens quem Deus é.

O evangelho não começa com o homem, mas com o que Deus realmente é, pois aí é que reside o problema. Se Deus não fosse quem é, então o pecado não seria o problema que é. O pecado é o que é justamente porque Deus não é apenas amor, mas também santidade e justiça

O que você pensaria de um Deus que pudesse olhar para o campo de concentração nazista de Auschwitz e ficar apático?

Quem poderia dar um abraço amigo em Hitler?

Quem poderia ver os Estados Unidos assassinarem milhares de bebês, todos os dias, e dizer “Está tudo bem”?

Deus está irado e, se não estivesse, Ele seria imoral, assim como eu o seria se lesse uma notícia terrível como aquela e fosse capaz de rir. Se eu fosse neutro sobre violência sexual contra crianças e dissesse: “Cada um por si! Você sabe, somos todos livres”, você olharia para mim e me trataria como um tipo doentio de pessoa. Então, quão irado Deus deveria estar?

Sim, Deus está irado, porém não somente contra os “Hitlers” do mundo, mas também contra você, por todos os seus crimes e ofensas contra Ele e contra a Sua criação.

Infelizmente, nós somos muito influenciados pelos pregadores de televisão. Várias vezes eu tenho ouvido esses “evangelistas” se levantarem no púlpito, dizendo: “A primeira coisa de que todos vocês precisam saber é que Deus não é um Deus irado”. Todos devem conhecer aquela famosa frase, “Deus odeia o pecado, mas ama o pecador”. Eu sei que isto será bastante ofensivo para muitos de vocês, mas eu quero dizer que tudo isso não é outra coisa, senão o mais completo absurdo. Vamos olhar para alguns textos que nos mostram o ódio de Deus sendo manifesto contra as obras más dos homens e também contra aqueles que cometem tais obras.

"Os arrogantes não poderão ficar em tua presença. Tu odeias todos os que praticam o mal e destrói aqueles que falam mentiras. Adonai detesta os homens de sangue e os enganosos (Samos 5.5-6)".

"Deus é um juiz reto, um Deus cuja ira está presente todos os dias". (Salmos 7.11)

A Bíblia diz que Deus é um Deus irado, e você tem que se prostrar de joelhos e louvá-Lo pelo que Ele é. E Ele não é apenas um Deus irado, mas também um Deus que odeia.

Então, alguém diz: “Sim, irmão Paul, você esta certíssimo; Deus odeia o pecado, mas ama o pecador”. Bem, de fato, essa frase parece boa estampada em uma camisa cristã, mas ela não é bíblica. A Bíblia não diz que Deus odeia o pecado e ama o pecador; a Bíblia diz que Deus odeia o pecado e o pecador.

"A ira de Deus é revelada desde o céu contra toda a perversidade e impiedade de pessoas que, motivadas por sua injustiça, mantém a supressão da verdade" (Romanos 1.18)".

Você pode dizer: “Irmão Paul, mas e quanto à passagem em João 3.16? Lá, está escrito que Deus amou o mundo”. Sim, isso é bíblico; mas o Salmo 5 também o é {e} Deus é um Deus misericordioso e amoroso! Contudo, nós precisamos entender “todo o conselho de Deus” (At 20.27), e não apenas os pontos de que mais gostamos. Deus de fato é amor, mas esse Deus amoroso também odeia. Deus é misericordioso, mas Ele está irado. Nós não podemos considerar somente um lado da moeda ou apenas uma parte da história e esse é o problema dos nossos dias.

As Escrituras testificam que, se crermos que somos um pouco pecadores, pouco amaremos a Deus; se percebermos, porém, que nosso pecado é imenso, nosso amor será cada vez maior (Lc 7.47). Quando esses pregadores dizem-lhe que os homens são bons, inocentes ou “não tão maus assim”, eles estão impedindo-o de ver ao Senhor. A única maneira de realmente apreciar o amor de Deus e a graça de Deus é vendo a profunda escuridão do homem. E, quando você vê a profunda escuridão do seu próprio coração, então você se dá conta de que Deus se moveu por amor a você, e isso o faz cair de joelhos, com imensa admiração, e você O adora.

Saiba que o único motivo pelo qual você não ama a Deus como Ele merece é por que você não entendeu quanto perdão foi derramado sobre você. Do mesmo modo, você não percebe o quanto foi perdoado porque ainda não teve coragem de perceber quão profunda é a cova na qual todos nós estamos enterrados. Quanto mais vemos o nosso pecado, mais nós vemos o quanto Deus merece ser amado.

Vejam, a cada geração que passa, o homem parece estar simplesmente ficando melhor. Ora, bons homens não precisam de um Salvador; os miseráveis é que precisam. Quando você retira do homem toda a escuridão que há dentro dele, você retira a glória do evangelho que existe para ilumina-lo!

Por que os homens não buscam um Salvador?

É porque, na maioria das vezes, em muitas pregações, o homem é muito “legal”.

Ele só precisa ser ajustado aqui e ali, e então terá tudo de que precisa. Ele só precisa de uma coisinha ou outra para tornar sua ótima vida ainda mais perfeita, e Jesus apenas está no topo dessa lista de coisinhas. Assim, ele não precisa entender que todos os homens são nascidos no pecado, miseráveis, sujos, odiadores de Deus, possuidores de um coração negro e morto.

Muito da pregação do evangelho de hoje tem pouco poder porque estamos preocupados em mostrar aos homens como eles podem ser salvos, mas nos esquecemos de mostrar o quanto o homem está perdido.

Eu tenho um objetivo em toda essa “loucura” de falar sobre a ira de Deus: eu quero cavar um buraco e enterrar você no fundo. Eu preciso mostrar-lhe quão escura é a sua noite e quão sem esperança é a sua situação, para que, quando eu começar a falar de Jesus, você fique cheio de admiração. Eu quero que o homem veja quem ele é. Então, quando nós falarmos sobre o amor de Deus demonstrado em enviar o Seu único Filho, os homens gritarão: “Como é maravilhosa a graça que um dia me salvou!”.

A ira é a resposta de Deus contra a impiedade do homem. Você diz: “Eu não gosto disso”, mas você deveria. Olhe novamente para o Salmo 5: “Os arrogantes não permanecerão à tua vista; aborreces a todos os que prati- cam a iniquidade” (v. 5). Em outra tradução, se diz: “Tu odeias todos os que praticam o mal”. Aqui, não é dito que o ódio de Deus é direcionado à iniquidade ou ao pecado, mas que a ira do Todo Poderoso é direcionada ao homem que comete o pecado. Ademais, o amável e humilde Jesus não disse a mesma coisa?

“O que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.” (Jo 3.36).

O que você pensa que é a “ira de Deus”?

A ira de Deus, em hebraico, vem de uma palavra que literalmente significa “o bufar das narinas”. Quer saber o que isso significa?

Quando a Bíblia fala da ira de Deus como o “bufar das narinas”, fala de uma Divindade tão irada que, somente com o hálito de Sua boca, as montanhas derretem!

Algumas pessoas dizem: “Irmão Paul, Deus me salvou!” e, quando elas me dizem isso, eu amo perguntar-lhes: “Do que Ele salvou você?”.

“Ele me salvou do meu pecado”, elas respondem. Porém, isso está errado.

Deus não nos salvou apenas dos nossos pecados, Ele nos salvou Dele mesmo!

Muitos dizem que “o céu é o céu porque Deus está lá”, e isso é real e verdadeiro. Todavia, não podemos assumir o contrário: “o inferno é o inferno porque Deus não está lá”. Não é isso que as Escrituras ensinam. O inferno é a ira do Deus Todo Poderoso, é a Sua perfeita justiça revelada contra o homem, por toda a eternidade. A morte e o inferno não são consequências naturais do pecado; eles são atuações sobrenaturais de Deus contra o homem pecador. Eles são o juízo de Deus! Isso pode parecer uma verdade nova e absurda para alguns, mas tão somente leia os livros antigos e você verá que os velhos pregadores sempre disseram isso.

Como por exemplo:

Se a apostasia pela qual o homem se afastou de seu criador, ou melhor, com arrogância se desfez de seu jugo, é um crime horroroso e execrável, é inútil atenuar o pecado de Adão. Quanto mais porque não foi uma simples apostasia, mas se somou a um horrível opróbrio a Deus, dado que subscrevia as calunias de Satanás pelas quais falsamente acusa Deus de mentira, inveja e maldade; em suma, a infidelidade abriu a porta da ambição, a ambição foi mãe da contumácia, para que os homens, abandonado o temor de Deus, se lançassem ao que a libido havia impulsionado. (João Calvino - A Instituição Da Religião Crista - pág 229).

Tal como a vida espiritual de Adão consistia em permanecer unido e atrelado aqu'Ele que o fez, afastar-se d'Ele foi um infortúnio da alma. Nem é de admirar que o gênero de Adão tenha submergido por sua defecção, que perverteu toda a ordem no céu e na terra. Gemem todas as criaturas, diz Paulo, sujeitas à corrupção sem que o queiram [Rm 8, 22]. Se for buscada a causa, não há dúvida de que sustentem parte daquela pena da qual o homem é merecedor, em cuja herança foram encerrados. Portanto, dado que, em vista de sua culpa, afluíra de baixo ao alto e de alto a baixo a maldição que grassa por todos os recantos do mundo, não seria estranho que fosse propagado a toda a sua descendência. Então, depois de que nele foi apagada a imagem celeste, não sustentou sozinho essa pena pela qual, no lugar da sabedoria, da virtude, da santidade, da verdade, da justiça, das quais foram revestidas como ornamentos, odiosamente acometeram a peste, a cegueira, a impotência, a impureza, a vaidade, a injustiça, mas envolveu e mergulhou sua posteridade em cada dessas misérias. Tal é a corrupção hereditária a que os antigos chamaram pecado original, entendendo pela palavra pecado a depravação da natureza até então pura e boa. [João Calvino - Instituição da Religião Cristã - pág 229-230].

Portanto, não é licito o que é dito, que estejamos mortos em Adão, seja interpretado de forma diferente disto: que ele, ao pecar, não Apenas não atraiu para si a perda e a ruína mas também precipitou nossa natureza em semelhante desgraça, não que, por seu seu vício, precipitasse a natureza de alguém que em nada nos diga respeito, mas porque, por aquele vício no qual caíra, infectou toda sua semente. De outro modo, não seria diferente o que é sustentado por Paulo, que todos sejam por natureza filhos da ira [Ef 2, 3]. Se não fosse amaldiçoados desde o próprio ventre. Aqui, é fácil deduzir que se fala da natureza, não tal qual criada por Deus, mas tal como viciada em Adão, porque seria muito pouco adequado fazer de Deus autor da Morte. Assim, portanto, corrompeu-se Adão, sendo que dele a toda prole se transmitiu o contagio. Cristo, o próprio juiz celestial, bem claramente pronunciou que nascemos corruptos e em vício, ao ensinar que tudo o que é nascido da carne, seja carne [Jo 3,6], dado que a porta da vida esteja fechada a todos até que tenham sido regenerados. [João Calvino - A Istituição da Religião Cristã - pág 232].

Por tal, vê-se que o pecado original seja uma depravação e corrupção hereditária de nossa natureza espalhada em todas as partes da alma, que primeiro nos torna réus pela ira de Deus e depois exibe em nós a obra que a Escritura chama de obra da carne [Gl 5, 19]. E isso é propriamente o que muitas vezes é chamado por Paulo de pecado, donde emergem obras como adultério, devassidão, furtos, massacres, ódios, orgias, que por isso chama de frutos do pecado, ainda que, tal como em toda a Escritura e também depois por Paulo, sejam igualmente denominadas "pecados". Pois cumpre observar como distintos dois pontos. O primeiro, que assim viciados e pervertidos por todas as partes de nossa natureza, apenas em consequência de tal corrupção, somo agora tidos como merecidamente condenados e partícipes ante os olhos de Deus, a quem nada agrada senão a justiça, a inocência, a pureza. Ora, essa responsabilidade não é do delito alheio. Embora se diga que somos sujeitos ao juízo de Deus pelo pecado de Adão, isso não deve ser aceito desse modo, pois assim nos sustentaremos inocência e desmerecedores da culpa de seu delito, mas cumpre ser dito que ele nos tenha comprometidos por que estamos todos revestidos de maldição e de transgressão. Portanto não provem apenas de Adão apenas a pena que caiu sobre nós, mas reside em nós, por ele inculcado, o flagelo a que por direito é devido a pena. Isto é, que todos sejam envolvidos pelo pecado mortal e manchados por suas máculas. E, por isso, as próprias crianças também são culpadas , enquanto trazem consigo a condenação desde o ventre materno, não por vicio alheio, mas por seu próprio. Pois, ainda que não tenha o fruto de sua iniqüidade, tem incluída em si a semente, ou melhor, toda a sua natureza é de algum modo semente do pecado, por isso não pode senão ser odiosa e abominável para Deus. Donde se segue que o pecado seja propriamente censurado ante os olhos de Deus, uma vez que não seria reprovado se fosse ausente a culpa. Passemos, então, ao outro ponto: que essa perversidade jamais cesse em nós, mas que assiduamente dê à luz novos frutos, a saber, aqueles que antes descrevemos como obra da carne, tal qual um forno aceso exala consigo chamas e centelhas ou uma mina brota água sem fim. Por essa razão, os que definem o pecado original como a carência da justiça que deveria ser a nós inerente, ainda que nisso abarquem tudo o que diz respeito a esse ponto, entretanto não expressam de modo pleno e suficiente sua forca e energia. Nossa natureza não é apenas indigente e vazia de bem, mas é tão fértil e fecunda de todos os males que não pode ficar tranqüila. Os que disseram ser isso a concupiscência, não se valeram de uma palavra tão diferente se com isso for acrescentado que tudo o que está no homem, desde o intelecto até a vontade, e até mesmo desde a alma até a carne, esteja referido a essa concupiscência, ou, de forma sucinta, que o homem inteiro não seja por si mais que concupiscência. [João Calvino - A Instituição da Religião Cristã - págs. 233-235].

Hoje em dia, não agimos da mesma maneira porque perdemos a glória do Altíssimo de vista.

Certa vez, uma senhora veio a mim e disse: “Não! Deus não pode odiar, porque Deus é amor”. “Antes de tudo”, eu respondi, “nós não devemos buscar inferências filosóficas para a verdade de Deus; nós temos que ir à Escritura e, quando a Escritura diz que Deus odeia, é melhor você acreditar. Entretanto, vamos ser filosóficos por um momento: você diz que Deus é amor, portanto Ele não pode odiar. Porém, eu lhe digo que Deus é amor e, por isso mesmo, Ele deve odiar”.

O ponto é: você ama os judeus?

Então você deve odiar o holocausto!

Se eu disser: “Ei, você leu sobre o holocausto?”

e você responder: “Sim, mas eu sou bastante neutro nesse assunto. Quero dizer, você sabe... Foi ideia do Hitler, por mim está tudo bem”, eu irei pensar que você é um monstro!

Você possivelmente iria para a cadeia por um crime de ódio. Se você ama os judeus, você deve odiar o holocausto.

Você ama crianças?

E quantos de vocês já disseram “Eu odeio o aborto” com a própria boca?

Ora, então você tem o direito de odiar, por causa do grande amor que está no seu coração?

O que dizer de Deus?!

Você acha estranho que Deus odeie porque Ele ama?

Entenda:

Deus ama tudo o que é lindo, amável e excelente. Em outras palavras, Deus ama tudo o que é semelhante a Ele! É daí que vem o problema. Nós achamos que temos o direito de amar tudo o que escolhemos amar, mas nós pensamos que Deus deve amar tudo o que nós amamos. Deus ama tudo o que é semelhante a Ele por causa de Sua absoluta perfeição; e Ele vem com ira contra tudo aquilo que contradiz a Sua natureza e vontade e estes somos nós.

Cada pessoa que já andou na face da terra tem quebrado cada lei que Deus criou.

Se você não entende isso, você não entende o Cristianismo.

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Obs - em geral - esse estudo foi mais uma adaptação de quase todo o capitulo do Livro - O Verdadeiro Evangelho - Deus odeia o pecado e o pecador.

Não pretendo com isso plagiar nenhuma das declarações aqui transcritas como se fossem minhas! Retiro todo o credito possivelmente creditado a mim pois somente tive o trabalho de organizar o texto e procurar outros que corroborarem com a idéia do autor!

Eduardo Lucena Silveira - Blog Treta Teológica.

sábado, 23 de março de 2013

Calvino Como Humanista 

Continuação da Resenha do Livro: Pensadores Cristãos - Calvino de A a Z



Baseado nos escritos de Hermisten Costa,  posso afirmar que João Calvino era um humanista por excelência. Pois, tinha grande preocupação para com o próximo! A sua vida demonstra essa preocupação quase paterna para como os seres humanos de uma forma geral!Vasculhando a sua biografia, percebemos que muitos dos seus escritos foram direcionados a importantes conterrâneos, pois, como renomados pensadores que eram, (Nicholas Duchemin, McNeill, Boisset, Parker, Guillaume Budé, Maturinus Corderius e tantos outros) a serem confrontados com os escritos do Reformador, quase que praticamente esses influenciavam os seus seguidores e discípulos com aquilo que entendiam de Calvino, corroborando assim com a expansão das ideias reformadas e evangelizando milhares de pessoas!

O humanismo professado pelo Reformador em nada se parecia com o humanismo pregado pelos estudiosos de nossos dias, em que a figura do homem ocupa o primeiro lugar e tudo é em função do próprio homem e para o homem, Calvino rejeitava esse tipo de ideia e na sua aclamada publicação: A Instituição da Religião Cristã, ele expressa a sua visão humanista reconhecendo a grandeza do homem como criatura formada por Deus a quem deve esse adorar e glorificar! O próprio chega a anunciar que "é notório que jamais chegue o homem ao puro conhecimento de si mesmo até que haja antes contemplado [ele] a face de Deus e da visão dEle desça a examinar-se a si mesmo". "Sem as escrituras, jamais o homem pode adquirir o verdadeiro conhecimento próprio, do mundo e mesmo do próprio Deus!".Calvino tinha uma visão bastante acentuada da cultura de seu tempo e entendendo que Deus era Senhor sobre todas as coisas, amparado pelos conceitos de graça comum e graça salvadora, ele declarou:

"Visto que toda verdade procede de Deus, se algum ímpio disser algo verdadeiro, não se pode rejeita-lo, porquanto o mesmo procede de Deus. Além disso, visto que todas as coisas [verdadeiras] procedem de Deus, que mal haveria em empregar, para sua glória, tudo quanto pode ser corretamente usado dessa forma?"

Hooykaas resume o humanismo de Calvino: "ele era um humanista talentoso e realista demais para aceitar que a Queda tivesse levado o homem a uma total depravação no campo cientifico". Pois, levando por esse ponto de pensamento - que não deixa de ser bíblico - a ideia: toda e qualquer verdade vem de Deus - a ciência como ponto em questão - mesmo vinda dos ímpios nao deixa de ser uma benção vinda de Deus - então - pode muito bem ser empregada para a gloria dEle pois sendo uma verdade, vem dEle para a glória dEle! E nesse ponto pode-se ampliar para qualquer questão desta vida - artes, política, exatas, humanas e etc...

"Pode-se afirmar que o humanismo de Calvino foi um Humanismo Cristocêntrico - pois - compreendia que o homem encontra a sua verdadeira essência no conhecimento de Deus".(Hermisten Costa)

Conhecer a Deus significa ter uma perspectiva clara de si mesmo; a recíproca é verdadeira - não há um conhecimento genuíno de Deus sem o conhecimento correto de si mesmo.

"A dignidade e a beleza do homem estão em ele ter sido criado a imagem e semelhança de Deus, podendo, portanto, relacionar-se com o seu criador. O conhecimento de Deus deve conduzir-nos ao temor e a reverencia, tendo a Deus como guia e mestre, buscando nEle todo o bem".

quarta-feira, 20 de março de 2013

A Extrema Pecaminosidade Humana


Continuação da Resenha do Livro – O Verdadeiro Evangelho - Paul Washer
 

 
Capitulo 1 - A Extrema Pecaminosidade Humana
 
Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; (Romanos 3:23)
 
          Paul Washer inicia o texto dizendo: "A primeira coisa que Paulo diz é: ''Por que todos pecaram"! A palavra "Pecado" significa literalmente "errar o alvo". No caso do ser humano, nós não apenas erramos o centro do alvo, mas falhamos em acertar qualquer parte dele. Nós erramos o alvo por completo, quer seja em obedecer à lei de Deus, em permanecer na vontade de Deus ou em glorificar o nome de Deus".
 
          "Todos pecaram! Por que não trememos diante disso? É por que não sabemos como essa é uma realidade terrível. Nós não temos consciência do quanto temos pecado, do mesmo modo como um peixe não sabe o quanto está molhado. Nós nascemos no pecado, nós fomos concebidos no pecado, nós nascemos num mundo caído em pecado e a única coisa que nós conhecemos é o pecado". 
 
         O Salmista declara: "Nós pecamos como os nossos pais, cometemos a iniquidade, andamos perversamente. (Salmos 106:6)". Moises declara: "E viu o SENHOR que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente.(Gênesis 6:5)". O Apóstolo Paulo declara: "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; (Romanos 3:23)".  E mais uma vez Paulo declara: "Pelas quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência; (Colossenses 3:6)".
 
         Quer sejam homens ou quer sejam mulheres - quer sejam ateus quer sejam cristãos - todos - todos nós cometemos uma infinidade de pecados todos os dias, meses e anos! A nossa capacidade de pecar se não fosse limitada pela graça comum de Deus seria infinita! A nossa capacidade de desobedecer a Deus é uma característica bem peculiar e "coitados" daqueles que ainda não se enxergaram tão errantes para com Deus!
 
         Ao considerar o objetivo do livro de Romanos, em especial aos seus primeiros três capítulos, vemos  que o texto nos orienta a procuramos "desistirmos de qualquer esperança de melhora da nossa natureza"! O texto inspirado nos orienta a não procuramos em nossa natureza pecadora qualquer boa característica como: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança! Deveríamos é pedir a Deus misericórdia! Devemos muito a Deus! Entendendo o quanto de pecadores somos fica mais fácil entender o tanto de favor que foi derramado em nosso favor pelo sacrifício de Jesus na cruz do calvário. Entendendo bem o nosso atual estado perante Deus, entendemos o evangelho! 
 
          Se contrapondo ao verdadeiro evangelho estão os propagadores de um evangelho diferente daquele que as escrituras revelam ! Nesse evangelho os homens não necessitam entenderem a verdade de suas depravações ao invés disso esses propagadores estimulam milhares de pessoas a professorem um evangelho no qual o maior foco de Deus são elas mesmas e as suas vontades! Deus para esses mercadores é um "bom velhinho" que se deixa ser manipulado por palavras de ordem em nome de Jesus! Para esses mercadores, o alvo do espirito santo não é esclarecer o enganoso coração dos eleitos! Mas fazer prosperar aqueles que confessam essa crença!
 
         Mas afinal, "por que o pecado é algo tão terrível? É por que é cometido contra Deus!" Como podemos não tremer diante disso? É por que não compreendemos o que isso significa! E por que não sabemos o qual glorioso e bendito Deus é! É uma coisa terrível quando percebemos contra Quem nós pecamos"!
 
         "Você percebe o qual perverso é o nosso pecado?" Ora, se fossem apenas atos, nossa condição já seria terrível o suficiente. todavia, o pecado vai mais fundo no coração humano. O ser humano não simplesmente comete pecados; ele é nascido no pecado. Nós somos podres e corrompidos desde o inicio. "E viu o SENHOR que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente.(Gênesis 6:5)". Nos pecamos porque nascemos pecadores! Nós desagradamos a Deus por que gostamos de desagradar Aquele que nós deu e nos dá folego de vida!
 
           "Eis algo aqui que precisamos entender: Hitler não foi uma anomalia. Hitler não foi um fenômeno extraordinário; Hitler foi o que cada frequentador dos cultos dominicais tem o potencial de ser. E não somente isso! Mesmo em toda a sua maldade, Hitler ainda era restringido pela graça comum de Deus. E precisamos reconhecer isto: quando não éramos convertidos, se não fosse pela graça comum de Deus nos restringindo, nós faríamos com que Hitler parecesse um coroinha"!.
 
           "A primeira coisa que devemos abraçar é que todos os homens nascem em pecado e entregues ao pecado, e esse é o motivo de todos os homens nascerem odiando a Deus. Absolutamente todo homem odiou a Deus em seu estado não convertido, por que as Escrituram declaram que: Sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais e às mães; (Romanos 1:30); e também declara: "Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também. (Efésios 2:3)"" Como podemos afirmar que amamos a Deus desde pequenos!?
 
Finalizando;
 
        "Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam.  E já ninguém há que invoque o teu nome, que se desperte, e te detenhas; porque escondes de nós o teu rosto, e nos fazes derreter, por causa das nossas iniquidades. (Isaías 64:6-7)"
 
Creio que já sejam letras suficientes para entendermos que a nossa existência é permeada por ações contrarias a vontade de Deus! Peço a Deus que confirme em seu coração a nossa verdadeira condição perante Deus e peço a Ele que Ele confirme a sua bondade em sua vida - Pois, o nosso Deus é um Deus Justo - Odeia o pecado, Odeia os pecadores mas por um ato superior de misericórdia - esse Deus justo escolheu acolher nEle alguns pecadores - pecadores esses - todos - pecadores - para serem perdoados de seus pecados e comissionados a anunciarem as boas novas deste Deus Justo e misericordioso....

sábado, 16 de março de 2013

A Conversão de Calvino

Resenha Do Livro – Pensadores Cristãos: Calvino de A a Z – Hermisten Costa - Continuação

 

Conversão de Calvino

De acordo com os escritos de Hermisten Costa, não temos algum episodio narrado e datado nos mostrando qual seria o dia da conversão do Reformador João Calvino. O mesmo, em seus dias, não costumava nem mesmo falar da sua própria vida particular – contudo – o próprio anuncia o seguinte:
 
“A todos os que amam a Jesus Cristo e a seu evangelho”
 
Os estudiosos afirmam que essa seria a primeira declaração publica de Calvino mostrando assim que haveria sido convertido por Deus ao protestantismo. Outros afirmam que por volta de 1532 e 1534, em Orléans ou Paris, Calvino teria sido esclarecido por Deus do seu estado.
 
 O próprio anuncia o seguinte, no inicio dos seus trabalhos de resenha dos livros dos Salmos;
 
“Inicialmente, visto eu me achar tão obstinadamente devotado às superstições do papado, para que pudesse desvencilhar-me com facilidade de tão profundo abismo de lama, Deus, por um ato súbito de conversão, subjugou e trouxe minha mente a uma disposição suscetível, a qual era mais empedernida em tais matérias do que se poderia esperar de mim naquele primeiro período de minha vida”.
 
Bem, não é querendo comparar a conversão de Saulo de Tarso com João Calvino, mas as suas declarações a cerca das suas conversões a meu ver são bem próximas, pois:
 
“A mim, que dantes fui blasfemo, e perseguidor, e injurioso; mas alcancei misericórdia, porque o fiz ignorantemente, na incredulidade. (1 Timóteo 1:13)”.
 
“Resta, irmãos meus, que vos regozijeis no Senhor. Não me aborreço de escrever-vos as mesmas coisas, e é segurança para vós. Guardai-vos dos cães, guardai-vos dos maus obreiros, guardai-vos da circuncisão; Porque a circuncisão somos nós, que servimos a Deus em espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne. Ainda que também podia confiar na carne; se algum outro cuida que pode confiar na carne, ainda mais eu: Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fui fariseu; Segundo o zelo, perseguidor da igreja, segundo a justiça que há na lei, irrepreensível. Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo, E seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé; Para conhecê-lo, e à virtude da sua ressurreição, e à comunicação de suas aflições, sendo feito  conforme à sua morte; Para ver se de alguma maneira posso chegar à ressurreição dentre os mortos.  (Filipenses 3:1-11)”.
 
Tanto o Apostolo Paulo quanto o Reformador João Calvino foram confrontados com o esclarecimento divido por parte de Deus. Confirmando assim a eleição dos mesmos bem antes da fundação do mundo. O Reformador francês declara:
 
“Contrariado com a novidade, eu ouvia com muita má vontade e, no inicio, confesso, resisti com energia e irritação por que foi com a maior dificuldade que fui induzido a confessar que, por toda minha vida, eu estive na ignorância e no erro”.
 
Os estudiosos concluem que a vida de Calvino não fora antes em completa dissolução de padrões morais mas pelo contrario, sempre na “contra mal da verdade” contudo, Deus o elegeu filho dEle, e o trabalho de conversão é do próprio Deus, sendo Ele, soberano, escolhe quem Ele quer e o faz entender a verdade, com isso, Schaft observa: “foi uma transformação do Romanismo para o Protestantismo, da superstição papal para a fé Evangélica, do tradicionalismo escolástico para a simplicidade bíblica”.
 
Finalizando;
 
Acredito que para aqueles que também passaram por essa situação de serem confrontados pelas verdades bíblicas, somente nos resta descansarmos nessas verdades absolutas! O nosso Deus é o Deus que converte os errantes sem salvação em arrependidos errantes! E com o beneficio da providencia de Deus, a saber, o sacrifício vicário de Jesus na cruz, temos essa esperança! 

sexta-feira, 15 de março de 2013

Introdução

Resenha do Livro - O Verdadeira Evangelho - Paul Washer
 

Introdução
 
“Não existe nada mais profundo e mais valioso do que as boas novas consumadas por Jesus Cristo naquela cruz. Se entendermos bem essa verdade, teremos todo o fogo de que precisamos ardendo em nosso coração, e não precisaremos mais de falsa empolgação, emocionalismo vazio ou entretenimento barato”.
 
“Precisamos entender algumas coisas sobre nossa missão nesta terra. Fazer missões não significa enviar missionários, tampouco criar organizações; fazer missões significa comunicar a verdade de Deus aos homens. Você pode enviar todos os crentes de seu país como missionários, todavia, se eles não estão comunicando a verdade do evangelho, isso não passa de tolice carnal”.
 
“Um grande pecado de nossa era é o que chamamos de “reducionismo do evangelho”. Muitos pensam conhecer o conteúdo das boas-novas de Cristo, mas não percebem que o evangelho na América foi reduzido a “quatro leis espirituais” e a “cinco coisas que Deus quer que você saiba”. O evangelho é tratado como uma pequena verdade, um assunto útil apenas para a classe dos novos convertidos; algo que você aprenda em cinco minutos, faz uma oração e, logo em seguida, avança para coisas maiores”.
 
“Nós tomamos o glorioso evangelho do nosso bendito Deus e o transformamos em pequenas perguntinhas vagas, como “Você sabe que é pecador”?” ou “Você quer aceitar Jesus como o seu único Salvador?”. E se alguém responde afirmativamente a essas questões, nós papalmente as declaramos salvas após repetirem uma oração conosco”. 

"Nós vivemos em uma era de superficialidade, em uma era na qual se faz muito barulho; no entanto, o que sido realmente conquistado?”.
 
“Espero que ninguém fique ofendido com isto, mas há muitos anos eu comecei a compreender como nós somos um povo estúpido”.
 
“Na sua leitura das Escrituras e em sua busca por conhecer mais a respeito de Cristo, não se dê tanto à literatura contemporânea, mas retroceda na historia e descubra algumas das maiores coisas já escritas”.
 
“Eu diria a você que a nossa maior necessidade é redescobrir o evangelho de Jesus Cristo e proclama-lo”
 
“Não há nada mais grandioso na vida cristã do que o evangelho. Nunca haverá nada mais grandioso do que o evangelho. E não há poder para salvar à parte da clara proclamada do evangelho”.
 
“A maior motivação, a única verdadeira motivação na vida cristã, é o que Deus fez por nós na pessoa e obra de Jesus Cristo”.
 
“Tudo aquilo que somos e tudo aquilo que fazemos deve ser motivado por esta única coisa: o evangelho Daquele que derramou o Seu próprio sangue por nossa alma”.
 
(frases de Paul Washer – Extraídas do Livro – O Verdadeiro Evangelho)
 
Acredito que essas citações sejam ótimas se não o melhor cartão de visitas para o comentário deste livro! Admiro muito o Pastor Paul Washer! Deus tem dado muita sabedoria a esse homem piedoso! Deus tem usado de uma maneira muito grandiosa o seu ministério e aqui se encontra uma se não a pregação que o fez ser tão admirado e mundialmente conhecido!
 
Que Deus me dê sabedoria no tocante aos estudos neste material e Deus faça entender a aqueles que vão ler o mesmo!
 
Que Deus continue abençoar o Pastor Paul Washer!
 
Que Deus continue a capacitar homens com essa garra! Com essa maneira de expor a verdade!

Que Deus nos abençoe!

quarta-feira, 13 de março de 2013

João Calvino, o teólogo da Palavra e do Espírito

Continuação da resenha do Livro - Pensadores Cristãos - Calvino de A a Z



João Calvino, o teólogo da Palavra e do Espírito. 
 
Ele {Calvino} viveu 54 anos, 10 meses e 17 dias, e dedicou metade de sua vida ao sagrado ministério. Ele tinha estatura mediana; a aparência sombria e pálida; os olhos brilhantes até mesmo na morte, expressando a agudez da sua compreensão.  (Theodoro Beza).

De acordo com Hermistem Costa, a grande diferença de Calvino para outros reformadores era a sua formação teológica. Calvino dominava os manuais clássicos de exegese bíblica do período e as expressava de uma maneira simples, deixando assim, atrevo-me a dizer, a sua marca registrada.

A FORMAÇÃO DE CALVINO

De uma origem humilde, João Calvino nasceu em 10 de Julho de 1509, em Noyon. Aos cinco anos de idade, a sua mãe é acometida de enfermidade e vem a óbito. Em 1521, Seu pai, Gérard Cauvin, querendo o progresso dos filhos, aproveita de sua amizade com o bispo de Noyon e consegue um beneficio eclesiástico para que os filhos possam estudar na escola da capela e Calvino recebe seus primeiros ensinamentos juntamente com os garotos das famílias nobres.

Com o passar dos anos, Calvino passa por uma pequena imensidão de boas escolas: College de La Marche, Collège de Montaigu, Irmandade da Vida em Comum, Universidade de Orléan e Bourges, Paris e etc...tal educação o permitiu transitar pelos corredores  das mais diversificadas rodas acadêmico-teológicas   

Em 1523, Calvino recebeu seu treinamento para ser sacerdote.

Em 1524, Calvino se destaca no estudo da gramática.

Em 1528, com 19 anos de idade, Calvino havia concluído o curso de artes e anos mais tarde, com apenas 22 anos seria condecorado com o diploma de Doutor em Direto pela conceituada Universidade de Orléan.

Em 1529, Calvino resigna a capelania de La Gesine em favor de seu irmão mais novo, Antoine e em cinco de Julho do mesmo ano, ele trocou de emprego.  

Em 1533, depois de muitas outras escolas e graduações, Calvino é convidado pelo Reitor da Universidade de Paris, seu amigo, Nicolás Cop, e o ajudou na elaboração de seu tradicional discurso na Igreja dos Maturinos. O texto recitado instigava a um novo pensamento e também a uma nova visão de Igreja afirmando que a Igreja Católica deveria passar por um REFORMA! A resposta dói imediata! Tiveram que fugir do local e de suas cassas e na medida do possível não retornar por um bom tempo.

Tendo com isso, o estopim da Reforma Protestante deu o seu inicio na França, comandada por nada menos, João Calvino!

Como o próprio Calvino afirmava:

"Quando eu era ainda bem pequeno, meu pai me destinou aos estudos de teologia. Mais tarde, porém, ao ponderar que a profissão jurídica comumente promovia aqueles que saíam em busca de riquezas, tal prospecto o induziu a subitamente mudar o meu proposito. E assim aconteceu de eu ser afastado do estudo de filosofia e encaminhado aos estudos da jurisprudência. A essa atividade me diligenciei a aplicar-me com toda a fidelidade, em obediência a meu pai; mas Deus, pela secreta providencia, finalmente deu uma direção diferente ao meu curso".  

terça-feira, 12 de março de 2013

Prefácio


Resenha do Livro – Pensadores Cristãos: Calvino de A a Z – Hermisten Costa
 

Prefácio  

O reformador João Calvino (1509-1564), pouco conhecido no cenário evangélico brasileiro, tem para a reforma protestante do século 16 a mesma importância que teve o reformador Matinho Lutero. Um elemento diferenciador é que Calvino, fazendo parte da segunda parte da geração dos reformadores, foi aquele que ordenou e sistematizou o pensamento teológico reformado. Sua dedicação à causa do evangelho é simplesmente insuperável. Suas obras tem recebido reconhecimento geral e são tidas como literatura clássica universal, principalmente sua obra Instituição da Religião Cristã.   

Segundo um pensador francês, Calvino deve ser considerado o “pai de uma civilização”. Ao longo dos séculos o calvinismo tem {...} influenciado nações {...} {como} {...} Suíça, Holanda e Espanha e entre outras nações.

Calvino de A a Z atenderá aos interesses de leitores, de estudantes e de todos que se dedicam à compreensão da teologia do reformador Frances. Cremos que a {...} publicação desta obra tornará Calvino e sua teologia da cruz e da soberania de Deus mais visíveis.

Eis aqui uma riquíssima fonte de consultas e aprofundamentos!

Rev. Wilson Santana Silva

 
Professor de Historia da Igreja no Seminário Teológico Presbiteriano Ver. José Manoel da Conceição em São Paulo (SP).

domingo, 3 de março de 2013

Como posso saber se sou chamado para o Ministério Pastoral?



Por Kevin De Young

Já me perguntaram isso muitas vezes, e não tenho certeza se concordo com ela. Essa questão muitas vezes assume que o pastor, única entre todas as vocações do mundo, vai (e às vezes deve) ter um chamado poderoso, divino e subjetivo para o ministério, que sem sombra de dúvida o apontará para a direção ordenada por Deus. Eu não vejo apoio para esse tipo de experiência normativa nas Escrituras.

Mas eu entendo o que os jovens estão procurando. Eles entendem que o ministério pastoral é um trabalho pesado, que não deve ser assumido levianamente. Então, naturalmente, eles querem saber se as suas inclinações não visam o benefício próprio e se sua direção não é uma incumbência de tolo. Eles estão à procura de uma sinalização ao longo do caminho para mostrar-lhes que não estão, obviamente, no caminho errado. Isso é um impulso louvável.

Eis algumas perguntas que você deve perguntar a si mesmo enquanto considera o chamado para o ministério pastoral.

1. Eu preencho as qualificações estabelecidas em 1 Timóteo 3 e Tito 1? 

Esse é o lugar para começar. Se o seu caráter não é maduro, estável e (de forma não perfeccionista) exemplar, então você não está pronto para ser um pastor. Isso não significa necessariamente que você está no caminho errado, se você ainda não tem vitória sobre certos pecados (como pornografia), mas significa que você não estará pronto até preencher os padrões bíblicos.

2. Os cristãos que me conhecem melhor reconhecem consistentemente meus dons para o ministério? 

A chamada mais importante é a chamada objetiva de sua igreja encorajando-o a prosseguir o ministério pastoral.

3. Gosto de ensinar a todos os tipos de pessoas em todos os tipos de situações? 

A maioria das pessoas que pensam no ministério pastoral está animada para pregar. Eu quero saber se eles estão animados para pregar em uma missão e animado para ensinar o catecismo a crianças de cinco anos.

4. Eu me sinto tocado por uma pregação boa? 

Se um homem é chamado para pregar o evangelho, ele deve ficar animado ao ouvi-lo sendo pregado. O conteúdo deve movê-lo e ele deve se pegar pensando “Ah, se eu pudesse proclamar essa boa notícia”.

5. Eu me sinto inquieto por uma pregação ruim? 

O último ponto foi óbvio. Este é menos, mas tão importante quanto. Eu acho que algo deveria queimar em um homem quando ele ouve a palavra de Deus sendo tratada de forma inapropriada.

6. Você gosta de estar perto de pessoas? 

Alguns pastores são extrovertidos; muitos outros não são. Eu sou uma espécie de meio-termo. Estou ansioso para estar com as pessoas mais do que alguns pastores que conheço, mas não tanto quanto muitos homens que admiro. Mas qualquer que seja a sua personalidade, você não será um bom pastor se não gosta de pessoas e as repele tanto quanto possível.

7. Eu faço amigos com facilidade? 

Este é um teste subjetivo (como muitas dessas questões), mas a falta de amizades significativas não é um bom sinal. Pode ser uma indicação de que você é muito ríspido, muito solitário, ou, francamente, muito estranho para ser eficaz no ministério pastoral.

8. Eu gosto de ler? 

Felizmente não há um Coeficiente de Rendimento ou Índice de Rendimento Acadêmico para o ministério pastoral. Mas mesmo assim, se queremos ser “aptos para ensinar”, devemos estar ansiosos para aprendermos. A pregação se torna superficial e o ministério, rançoso sem tempo no Livro e nos livros.

9. Já pensei em fazer isso por mais de alguns meses? 

Muitas vezes, quando os alunos ou adultos vêm a Cristo, eles rapidamente assumem que, por serem zelosos pelo Senhor, devem ir ao seminário e se prepararem para o ministério. Isso geralmente é um equívoco, às vezes por causa do orgulho e, por vezes, devido ao zelo equivocado. Há uma razão pela qual a Bíblia insiste em dizer que os líderes da igreja não devem ser neófitos.

10. Eu ainda quero ser um pastor se eu nunca escrever um livro, nunca falar em uma conferência e nunca ter uma igreja grande? 

Nossa paixão deve ser alimentar o rebanho, não o nosso ego.

Por Kevin De Young. Copyright © 2013 The Gospel Coalition, Inc. Todos os direitos reservados. Original: How Can I Tell If I’m Called to Pastoral Ministry?


Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

Leia mais: http://voltemosaoevangelho.com/blog/2013/02/kevin-deyoung-como-posso-saber-se-sou-chamado-para-o-ministerio-pastoral/#ixzz2MV484zFO

sábado, 2 de março de 2013

Maçonaria Revelada


Maçonaria revelada com todos os detalhes imperdível






Esse vídeo vale muito a pena...

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Oficina G3



Abro os meus olhos já é de manhã
À noite é menor cada dia
Os dias às vezes parecem iguais
A guerra é minha rotina

Peço forças
Pra continuar
Peço forças
Prá poder lutar

Luto pra sobreviver
Com os olhos voltados pro céu
Espinhos me fazem sofrer
Resisto na luta com a graça de quem já venceu

Fecho os meus olhos a noite já cai
Começo a tratar minhas feridas
Olho pros céus com os joelhos no chão
Abro os braços pra graça divina

Peço forças
Pra continuar
Peço forças
Prá poder lutar

Nada vai nos separar do teu grande amor
Mesmo caminhando em dor, sou mais que vencedor
...................................................................................................................................................................
 
- Bem, é um pouco disso a minha realidade!
A luta é constante! Mas, encontro nas portas abertas por Deus, esperança de melhoras...
 
Ultimamente não estou tendo muita vontade de muitas companhias!
próprio Jesus passou por momentos complicados! 
Agora é momento de sarar algumas das feridas abertas! 
Não tem nada de errado em querer ficar alguns momentos sozinho, pensando, pensando e pensando!
 
Eu tenho que continuar a caminhada.....
Mas agora é um momento de parar a velocidade, andar na banguela e refletir nas coisas até aqui já acontecidas!  
E com a reflexão correta, confiança e orientação de Deus, retomar a marcha e prosseguir