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quarta-feira, 24 de julho de 2013

Reflexões de um neófito: Livro dos Salmos: [1/150] - Salmo 01


Iniciando as reflexões no saltério, o salmista Davi declara verdades fundamentais para a nossas vidas enquanto cristãos; verdades essas que a cada dia são deixadas de lado pelos movimentos neo-pentecostais e infelizmente, também são deixadas de lado por algumas Igrejas Históricas. 

O salmista Davi nos mostra neste salmo algumas verdades fundamentais para a nossa vida enquanto cristãos:

O salmista inicia o texto afirmando: “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios”. Se formos a um dicionário, encontraremos que a palavra Conselho significa lição; sendo assim; nós cristãos, devemos abster nossos ouvidos de ouvir e nossos pés de perseguir os conselhos daqueles e daquelas que não se baseiam na Lei do Senhor nosso Deus. Não podemos permitir sermos mais influenciados do que já somos por homens que não tomam qualquer nota nas Sagradas Escrituras. O termo “Bem-aventurado” significa feliz; então, o contraditório é verdadeiro; Bem-aventurado o homem que anda segundo o conselho dos justos. A aplicação é muito pratica; Em vez de nós pautarmos por ensinamentos de pessoas que não reconhecem o Senhor Adonai como o verdadeiro e único Deus, devemos nos pautar prioritariamente pelos conselhos de pessoas justificadas pelo sangue de Cristo; devemos nos pautar pelas Sagradas Escrituras; Nesse exercício encontraremos verdadeira felicidade para as nossas vidas.

Continuando o salmo; no segundo verso, o salmista Davi declara: “Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite”. O principio nesse versículo é que a perfeita satisfação do genuíno Cristão está em observar e obedecer às Escrituras. Acredito que esse princípio é um dos mais importantes em toda a cristandade; sobretudo, os cristãos desta era pós-moderna não encontram a satisfação de suas almas na Lei do Senhor. Antes; as suas almas estão buscando a satisfação da sua concupiscência e soberba (1° João 2:14-17). Para a maioria dos Cristãos de hoje, não existe satisfação alguma no sacrifício vicário de Cristo Jesus; o motivo para essa apatia pode ser muito bem vista no primeiro tópico desta reflexão; muitos “cristãos” andam segundo conselhos de ímpios; o evangelho da prosperidade é uma prova desta perversão! Ao posso que os “cristãos” neo pentecostais abraçaram um Evangelho triunfalista; os cristãos históricos se fundamentam no verdadeiro evangelho que é “Lâmpada para os meus pés [...], e luz para o meu caminho” (Salmo 119:105); Que é a verdade (João 17: 17); que é “[...] o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; [...]”. (Romanos 1:16). 

Continuando o salmo; nos versos terceiro e quarto, o salmista Davi declara: “Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará. Não são assim os ímpios; mas são como a moinha que o vento espalha”. Os princípios extraídos destes versículos, eu acredito que sejam a perseverança na qual os “bem aventurados” justos estão imersos por terem a suas alegrias e suas satisfações na observação e obediência das escrituras e principalmente, pela obediência de Cristo Jesus, os justificando pela aspersão do seu sangue na cruz. E o principio da imutável salvação; pois o salmista declara: “as suas folhas não cairão”; podemos imaginar o cristão como uma arvore que foi plantada a margem de um manancial de límpidas águas; Essas águas, são as Escrituras; A arvore é alimentada pelas águas (escrituras) e essa planta não vai murchar; pelo contrario; vai dar o devido fruto na hora adequada; e baseado nisso, entendemos a diferença dos justos para com os ímpios; os ímpios; indivíduos nos quais repousam a maldição do Senhor (Provérbios 3:33), não entendem que a vida eterna é “que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17:3), pois o seu entendimento está ofuscado pelo pecado, “Pois [...] já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado” (Romanos 3:9). 

E terminando o salmo; O salmista Davi declara: “Por isso os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos. Porque o Senhor conhece o caminho dos justos; porém o caminho dos ímpios perecerá”. Se analisarmos bem essas afirmativas, veremos que os homens justificados pelo sangue de Cristo, no qual a suas alegrias e suas satisfações residem na observação e obediência das escrituras, irão subsistir ao dia do Senhor. O apostolo Paulo certa vez falou aos Tessalonicenses que “o dia do Senhor virá como o ladrão de noite”; E muito antes de Paulo, o Profeta Isaías disse: “Clamai, pois, o dia do Senhor está perto; vem do Todo-Poderoso como assolação”. (Isaías 3.6); Então meus irmãos, devemos nos alegrar em Deus, nosso Salvador! Porque “se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias” (Mateus 24:22). Nosso Deus é um misericordioso Deus; Pois, além de nos tornar justos pela aspersão do sangue de Cristo; Por amor ao próprio nome, abreviou a sua ira para conosco e nos salvou nEle mesmo, e tudo isso não é simplesmente por amor a nós, mas  “Por amor de mim, por amor de mim” (Isaías 48:11).

Meus irmãos; devemos reconhecer que o Deus Pai, Deus Filho e Deus Espirito são a fonte de toda a nossa alegria e é ao mesmo tempo, são a fonte de toda a nossa satisfação! Devemos reconhecer que Ele e não o nosso esforço, nos tornou justo perante a Sua Santidade; através do sacrifício vicário de Cristo; e nos livrou pelo sangue de Cristo da sua própria ira; que é destinada aos ímpios deste mundo; no qual fazíamos parte; louvado seja o Senhor nosso Deus!

Amém...

domingo, 21 de julho de 2013

O que pode representar a história de redenção?



“Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo; Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida”. (Romanos 5:17-18).

“Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal”. (2 Coríntios 5:10)

A história de redenção não é um romance como alguns pensam; A história de redenção, mais parece com um júri; No lugar de um lindo cavaleiro, existe um juiz; muito zangado, muito justo, desejoso por dispensar a sua justa e santa ira; No lugar do mocinho, existe um advogado; muito misericordioso, muito bondoso, mas, assim como o juiz, está desejoso por justiça; E no lugar do vilão existe o réu; um criminoso que odeia a justiça defendida e exigida pelo juiz e pelo advogado; um criminoso que não sabe fazer outra coisa além de praticar crimes; no entanto, o desfecho deste  julgamento para alguns dos réus não é o lógico e o racional; para alguns dos réus, o desfecho é à absolvição de todos os crimes praticados; isso, sem qualquer motivo dado pelo réu mas sobretudo pelo trabalho realizado pelo advogado e pela misericórdia do juiz; mas para outros réus, toda justiça reservada será sentenciada para assim a justiça de fato ser dispensada sobre os criminosos. 

Em outras palavras, o juiz que é Deus, absolve o réu que somos nós (povo escolhido, a Igreja do Senhor, a mocinha) pelo trabalho do advogado que é Cristo; e nesse júri, não existe parcialidade, meias conversas, compras de sentenças ou a corrupção propriamente vista nos tribunais humanos! Não existe nada além da misericórdia do Juiz que é Deus! Não existe misericórdia maior que essa; perdoar quem merece a condenação; declarar livre quem outrora é culpado por cometer crimes; e essa decisão não pode ser tomada pelo crivo do amor que o juiz sente pelo réu, mas pela sua imensa misericórdia; pois, o julgamento não seria imparcial, mas parcial a libertação do réu; todavia, o julgamento não seria justo se o juiz declarasse que o réu é inocente por apresentar sentimento de afeição pelo criminoso; por isso mesmo que o desfecho deste julgamento é baseado no trabalho do advogado que é Cristo. 

A justiça e a graça de Deus não podem ser expressas fielmente numa linda história de amor; um romance não pode expressar o tamanho do problema do homem em relação a santidade de Deus; um romance não pode expressar o tamanho da responsabilidade humana em relação a queda; um romance não expressa o que de fato Cristo fez em favor dos réus; um romance não exalta o trabalho realizado por Cristo na Cruz; um romance não faz menção do tamanho do perdão concedido por Deus a nós. Um júri, com todas as suas idas e vindas, acredito que fielmente representa o plano de redenção do Deus criador para com a sua criatura, o homem; no júri, o Deus criador é Senhor e juiz; Num romance, Ele não passa de um figurante; no júri, Cristo é o advogado que realizou o impossível para libertar o réu; no romance, Cristo não é visto como de fato Ele é; num júri, os réus são totalmente merecedores do juízo adverso do juiz; outrora que outros réus sejam libertos pelo trabalho do advogado; num romance, pelo mérito do réu, ele é libertado! 

Um evangelho de vitoria e amor não é o evangelho bíblico; justiça e graça; sim! Justiça e a graça representam em minha opinião o evangelho. Um júri contem justiça e graça; um romance, somente uma história. Então, acredito que não podemos abraças um evangelho diferente daquele que já foi outorgado por Deus a nós (Gálatas 1:8). Todavia, entendendo a justiça e a graça de Deus, facilmente entendemos o tamanho do amor de Deus; entendendo o tamanho do problema que foi a ofensa de Adão; entendemos pela intervenção do Santo Espírito de Deus o tamanho do perdão que Ele nós outorgou pelo sacrifício do seu único filho, Cristo Jesus.